Baú de Dados
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NatanJ
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Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Empty Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017]

Dom Set 09, 2018 1:23 pm


Isso é uma postagem teste.
Conforme a continuidade do jogo acarrete em dezenas de mensagens, para facilitar o acesso à informação, esta primeira postagem servirá de índice.
Apesar de não ter separaçao por "sessões" no fórum, é indicado criar algum tipo de separação para simples fim de marcações ao longos das ações.

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Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Empty Re: Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017]

Dom Set 09, 2018 1:53 pm
.              Bergiak e Dolua estavam próximos a Azken. As entidades não responderam, mas pode ter sido pela pressa do Deus da Morte em resolver o problema. Mas isso acabaria resultando em um novo problema: o caminho.
              Ir até Apheria onde ocorreu a reunião foi até simples. Mas para Dinérius? Azken seguia na escuridão tenebrosa do cosmos e sentia cada vez mais seu poder esvair enquanto se afastava de seu reino. Era muito distante e sequer sabia se estava no caminho certo.
              Notaria estar acertando ao perceber suavemente o odor de Maisu nos arredores. Conseguia enxergar o planeta, Dinérius, distante e com alguma concentração, poderia ver seus continentes. Mas precisou parar. Sentiu seu corpo fraquejar.
Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] 8272b0664a4cdc27b8d448ccf9c6e906 -- Mestre, o conhecimento que Maisu me deu... Eu posso dizer que não devemos avançar daqui.
              Mas não seria preciso dizer nada além. Heriotza sabia. Dinérius não é capaz de suportar o poder puro dos deuses, precisaria caminhar através de pés mortais. Para isso, seria preciso projetar sua consciência. Era como se seus pensamentos ganhassem vida. Seu corpo deixado para trás, com Dolua fazendo o mesmo e Bergiak apenas batendo suas asas para acompanhar. Suas dúvidas e incertezas se intensificavam, assim como sua sensação de alegria e responsabilidade. Estava em terra firme. Parecia muito com Apheria e seus próprios domínios.
              Dinérius era estranhamente parecido com o mundo dos deuses. O alvo de Heriotza para seguir no mundo estava em sua frente, um simples camponês bebendo de um riacho. E a consciência, então, se projetou para aquele corpo, trazendo consigo os poderes de Heriotza. Seus olhos se abriram. Desde que existiu, para Azken, nada pareceu tão verde quanto aquela grama e o cheiro dela nunca foi tão forte e inebriante. O som da água do riacho descendo a corredeira era tão nítido quanto sentir seu poder dentro de seu reino. Essas sensações, porém, não duraram mais que um segundo: o corpo iniciou o processo de apodrecimento para logo depois explodir sem deixar o menor rastro. Foi completamente atomizado.
              A consciência de Heriotza? Ainda estava ali onde o corpo estava instantes atrás. Confuso e levemente atordoado, mas bem.

Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Luto10-- Senhor Azken... Creio que seja poder demais pra um humano suportar. O tom de Dolua era baixo, um pouco arrastado. Observava a forma translúcida de Heriotza, sua consciencia, forma astral e olhou o ambiente, em busca de uma solução.

Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] 8272b0664a4cdc27b8d448ccf9c6e906 -- Bem... Há outro mortal ali chegando. Temos mais uma chance.

             Um outro camponês, mais jovem que o anterior, estava se aproximando. Em seu rosto a expressão de pânico, medo e, então, da perda. A marca da explosão do corpo estava no chão e nada além disso. Ele se ajoelhou de frente ao local, quase aos pés de Heriotza. Chorou e lamentou a perda, clamando para o Senhor da Morte que devolvesse seu irmão. A existência era sádica ou apenas muito irônica? Quanto mais o tempo passava, mais Heriotza sentia seu poder se enfraquecer. Qual a razão?
              Talvez se recordasse, levemente, de absorver um pouco de conhecimento conforme criava o Submundo. Dinérius não só é incapaz de suportar o poder dos deuses em sua totalidade, como filtra e dificulta toda a passagem de poder de qualquer plano divino para o mortal. Isso explica a força de Azken se exaurindo rapidamente. Em poucos instantes seria puxado novamente para seu corpo e expulso de Dinérius, sendo incapaz de retornar por algum tempo. Seja lá o que Azken fosse fazer, precisava ser feito logo.

Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Luto10-- Eu também sinto a fraqueza. Seremos puxados para o Submundo em pouco tempo. Bem... Ele tentou um sorriso amargo e apontou para o horizonte, onde parecia haver uma pequena cidade. -- Os Lamentos referentes a Radomir estão concentrados lá e... O corpo de Dolua se transfigurou, como uma chama. Distorcendo-se como uma vela sendo soprada para então desaparecer no ar. Ele não tinha o nível de poder de Heriotza para suportar tanto tempo com a drenagem de energia.

Bergiak, porém, nada falou e apenas empoleirou-se no ombro da projeção astral de seu deus-mestre. O próximo a desaparecer seria o Deus da Morte.
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Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Empty Re: Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017]

Dom Set 09, 2018 4:41 pm
Volta e meia se questionava que tipo de criatura encontraria do outro lado do problema. Não tinha certeza de como lidaria com problema, apenas que queria logo resolve-lo para que pudesse voltar a cuidar do meu próprio mundo. Tendo dito isso: quando me afastava do submundo e rumava em direção a Dinerius(apenas sentia que Dinerius estava envolvido com base na especulação de que apenas os Mortais conseguiam ser tão problemáticos em um período de tempo tão curto quanto suas vidas). Finalmente, com a informação de Gerbiak, tomariamos total avanço para o plano mortal. Lá, tendo em mente que apenas Maisu ou semelhantes conseguiriam se manter por muito tempo, logo me apressei a possuir o pescador.

O Mundo que nós criamos era lindo, quase tão lindo quanto meu Bom Lugar. Quando possuí aquele pequenino Mortal eu pude ver e sentir com seus pequenos sentidos mundanos. Fui capaz de sentir muito bem a sensação de.. existir e de lidar com a vinda da morte. A minha vinda. A assinatura de Maisu em cada um deles, o texto da vida sempre necessitará da rubrica da morte. Foi realmente inesperada sua atomização e ainda mais como seu espírito foi logo guiado ao submundo. Vá com minha bênção.

A aproximação de seu .. colega? O luto pela perda, o clamor por uma explicação. Conseguia sentir o quão confuso ele estava, não era o único. A visão de Dolua se fragmentado no meio da frase foi cômica. -- Hm. Boa tarde para você também. -- Uma breve risada. Minha intuição dizia-me que eu precisava então enviar mais poder para meu corpo e deixar que meu.. meu.. Avatar carregasse apenas a minha consciência com uma fração mínima de meu poder. Que tal 2/10? Seria feito e agora eu iria cessar a dor do colega do falecido, adentrando sua mente e silenciando sua consciência com a minha. --Vai ter que aguentar. -- e caso uma vez conseguido.. rumar em direção a cidade mais próxima. - Vamos, Gerbiak. Vamos conseguir algumas informações. -
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Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Empty Re: Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017]

Dom Set 09, 2018 10:16 pm
Foi estranho. Muito estranho.
              Foi estranho. A presença de Dolua sumindo, a alma do camponês sendo enviada direto para o Submundo. E então a chegada do outro... humano? É. Era humano. Esse tom de pele, as orelhas arredondadas, apesar que esse outro tem um nariz meio desproporcional em relação ao rosto... Mas não importava. Heriotza tentou novamente se apossar do corpo. Sacrificar o poder que carregava consigo facilitava drasticamente ser expulso de Dinérius e, caso não tivesse feito isso ja entrando no corpo, muito possivelmente estaria ao lado de Dolua agora.

               Abriu os olhos. Todas aquelas sensações extremamente vívidas retornaram. Por quê os deuses não tem uma percepção tão poderosa da realidade? Seria isso uma dádiva dada apenas para aqueles com uma alma ou com corpo mortal? Observando melhor sua casca, seu avatar, pôde compreender algumas coisas. Era preciso respirar, e isso foi descoberto quando começou a sentir fraqueza. Era essencial para a vida. A memória do dono do corpo transmitia algumas informações. Sangue percorre suas veias, líquido essencial à vida também e perdê-lo em excesso, mesmo num ferimento pequeno, pode ser fatal. Alimentação, doenças, limitações físicas e... Os dois décimos de poder do Deus da Morte Heriotza.

                As artérias e veias do rapaz brilhavam num tom enegrecido, parecendo que iria apodrecer. Essa visão durou poucos segundos. Mas olhar-se no riacho mostrava como realmente estava: perto dos olhos algumas veias negras, saltadas, e a esclera, antes branca, também com esses sinais enegrecidos, apresentando pequenos pontos claros, como uma visão do cosmos. Baseado nas sensações do dono do corpo, podia dizer que sentia-se extremamente poderoso. Baseado na sua consciência divina, foi instantâneo: ainda era poder demais e isso com certeza mataria esse avatar. Quanto tempo ainda teria antes de se desfazer? Horas? Talvez dias? Belgiak estava empoleirado ao seu lado e grasnou, olhando ao redor.

                 A grama, antes verde, estava enegrecida. Onde o avatar de Heriotza pisasse a grama morria, tendo sua vida drenada e sua força enviada diretamente ao corpo. Isso significava que, bem lentamente, ele ganha mínimos e quase irrelevantes incrementos de poder. Até chegar a cidade, porém, talvez ainda fosse um valor irrelevante, mas que aceleraria o desgaste do corpo.

                   Caminhar era ruim. Apesar de seus poderes, caminhar era tedioso, não cansativo pro corpo, mas sabia que isso era apenas por causa de seu corpo. A cada passo naqueles longos minutos permitia a Azken ter mais consciência de suas limitações e quais habilidades poderiam ser usadas. Caso não tomasse cuidado, muito possivelmente o corpo se desgastaria antes do tempo... Ou enviaria inocentes direto para o Submundo.

Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] 8272b0664a4cdc27b8d448ccf9c6e906 -- Mestre... Uma das minhas ramificações passou pela cidade. Me destruíram. Eles sabem que o senhor está chegando e estão se preparando. Ele grasnou baixo e se encolheu em seu ombro. -- Perdão, mas deixarei que o senhor siga sozinho. Não tenho mais partes de mim próximas e demoraria algumas horas para que outra chegasse. Ele se afastou de Heriotza, pegando altitude e ficando mais para o alto. mas Azken sabia que poderia falar por telepatia, mas o pequeno corvo não poderia ajudar além de observar.

                        Entenderia tudo isso ao chegar nos portões da cidade. Feitos de madeira e pedra, de forma bastante grosseira, chegando a ser feio. Estava deserto. Mais adiante, ao centro da cidade, é onde as pessoas estavam unidas. E a primeira coisa que Heriotza poderia ver de lá? Uma estrutura de madeira, como um palanque, montado ao redor de um obelisco. Preso à estrutura estava Radomir. Em seu corpo original, pois Azken podia identificar isso, mas... Como aquilo pôde acontecer? Era Radomir ali. Podia ver sua alma. Naquele corpo esquelético com uma carne semiapodrecida, que parecia lutar a todo custo para não apodrecer novamente. De alguma maneira ele foi ressuscitado, mas o processo não foi completo. Sua alma estava lá, em agonia, presa no corpo, mas incapaz de interagir. O corpo parecia ser o de uma criatura irracional, apesar de não violenta, apenas passiva. Ao seu redor cinco humanos com mantos negros encarando a chegada da divindade. E ao redor do palanque e arredores, os civis da cidade. Curiosos, espantados. Sentia o medo emanando deles, bem como a tristeza e o luto. Sentiu muito mais medo assim que foi avistado.

-- Este que podem avistar aqui é o demônio maldito que rege o Inferno! É ele que permitiu que Radomir fosse levado de sua comunidade, aldeões! Um dos humanos de vestes negras bradava com autoridade, espantando a todos os civis, que recuaram alguns passos após o anúncio.  -- Ele está furioso porque tomamos dele a alma deste bom homem, Radomir, que vocês tanto amaram em vida. Querem que ele leve seu heroi de volta? Faremos o possível para impedir isso!

                        A esta altura finalmente Heriotza estava, de fato, no centro da cidade. O palanque a menos de 15 metros de distância. Os 5 seres de vestes negras? Se espalharam, quase cercando a divindade. Heriotza podia sentir a energia característica do Submundo concentrando-se em cada um deles. Era tão insignificante quanto uma árvore ser comparada com todas as florestas do mundo, mas ainda assim era energia.

-- Que o Senhor da Morte, o Demônio das Profundezas Infernais, seja então banido de volta e deixe Radomir em paz! Desapareça, demônio!

                          Ele gritou, sendo seguido em coro pelos outros humanos. O avatar de Azken foi atingido por uma série de raios negro-azulados emitidos por cada mão daqueles cinco. Se não tivesse energizado mesmo que minimamente o avatar, provavelmente ele teria virado pó nesse instante. Foi um golpe fraco comparado a Heriotza. Quem esses malditos pensam que são para atacarem a um deus e agirem com tamanho desrespeito? Ah... Merda. Não... Heriotza sentia a energia começar a esvair e o corpo acelerar consideravelmente sua própria destruição. A vida é muito frágil para os mortais. Na compreensão da mente de seu hospedeiro... Heriotza estava morrendo. Tão fácil eliminar uma vida. Talvez por isso eles se prendessem tanto à ela. Mas era hora de divagar?

                           Não. A primeira onda de raios havia acabado, deixando o corpo de Heriotza expelindo fumaça e com diversos pontos de sua pele e carne queimados, chamuscando. E a nova onda de ataques estava para começar.
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Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Empty Re: Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017]

Seg Set 10, 2018 11:21 pm
Respirar era ruim, mas agora eu tinha noção das coisas. O sangue em minhas veias, correndo livre em minhas artérias, o pulmão pedindo mais ar - inflaria o peito para suprir suas necessidades. Era bom viver, conseguia compreender porque as pessoas temiam tanto a morte: era incrível sentir a brisa batendo nos cabelos; o aroma da relva; o som da água correndo pelo córrego; o som da natureza. DEUSES! Eu queria aquilo! Abria os braços,  olhava para o sol e deixava que ele ardesse minha pele, meus olhos e ria, ria com euforia e entusiasmo. Cada segundo que eu passava no corpo daquele mortal eu concluía ainda com mais certeza que a Vida era realmente uma dádiva a ser protegida. Agora mais do que nunca queria aproveitar aqueles instantes, sabia que seriam passageiros - este era o recado que Maisu deixava para suas crianças? Complexo, duro, cru mas compreensível.

         Assistir as gramíneas morrendo ao que eu iria existindo era um bom lembrete de que eu não estava ali apenas para aproveitar minhas poucas horas na terra com frivolidades. Tinha uma missão a cumprir, então comecei a andar. Na minha mente estava claro de que mesmo que aquele corpo suportasse, eu não teria paz eterna mesmo que não fosse atrás dos problemáticos. Maisu e os responsáveis por este plano logo viriam ao meu encontro cheios de questões e pior ainda: acusações. A deterioração daquele corpo, a qual eu batizei de Bob, era um forte indício que para aqueles capazes de mensurar a energia ao meu redor e a que emano de que estava atraindo muita atenção. Ponderava comigo mesmo: ''Ninguém neste plano deve possuir uma carga energética tão poderosa e densa quanto a minha, com exceção das divindades. Logo notarão a discrepância e virão conferir. Se não me apressar estaria logo-logo fazendo parte do topo das prioridades de no mínimo cinco divindades. NO MÍNIMO.''

         Nutria-se em mim um sentimento único. Ansiedade. Bergiak me avisava que logo teríamos companhia e bem preparada para a minha chegada e meus olhos como o cosmo brilham como a explosão de mil sóis morrendo. Os fatores se alinhavam perfeitamente: a sensação de novidade,  as sensações a flor da pele, a sensação de desafio a altura logo a frente e para finalizar com um toque especial - a chance de derrota, morte. Uma gargalhada no meio do pasto. Agora eu entendia como os mortais se sentiam. Todo desafio carregava esta essência  única? Eu poderia acabar me agarrando demais a isto.. quem sabe.. quem sabe mais vindas de vez em quando para o mundo mortal e da próxima vez.. sem problemas para resolver. Apenas bater palmas para o sol nascente, aproveitar o meio-dia quente, celebrar a vida! . . Para variar.

         Ter que me despedir de Gerbiak foi triste, mas mais triste ainda foi saber que haviam descoberto uma de suas cópias e a destruído. Aquilo havia deixado algo bem claro,  eles não tinham boas intenções. Não poderia  deixar que passassem sem algum tipo de ''punição''. Na verdade, era cômico como as coisas estavam perfeitamente alinhadas na minha concepção. Confrontar o portão da cidade e passar por ele era ter certeza de que a adversidade me aguardava. Os portões do submundo, talvez? Agora sabia como os mortos se sentiam, talvez algo um pouco mais.. entusiasmante estivesse faltando por aquelas partes, algo que pudesse deixar claro para os recém-chegados que o aquele não era o fim? Não sei, pensaria nisso. A cidade, a engenharia tosca dos Dinerianos era digna de pena, na verdade, mais do que isto: era feia, nada simétrica. Eu conhecia um bom par de camaradas que os amaldiçoariam por esta afronta a beleza. ''Oof..''  Pensei. ''Não deixem que Beleza veja isto. Aí sim seria problema. Estou exagerando? Não. Nunca duvide do quão Orgulhoso e Infantil um Deus pode ser. Falo por experiencia própria.

         Enfim eu cheguei ao centro da cidade. A multidão me encarava como se assistissem a criatura mais horrenda já vista. Tolos. Ingênuos. Mas não além da Salvação. Em cada um deles pulsava oque me alimentava, em cada uma deles pulsava oque alimentava Maisu e por aí vai. Encarava os cidadãos com neutralidade, quase desinteresse.. com exceção do meu bom Radomir. Pena, tristeza me inundavam. O rapaz batalhou tanto em vida e mesmo na morte não poderia aproveitar de seu devido descanso? Isso era tão enervante que me deixava aéreo. Pensando em vários meios de lidar com a situação enquanto quase que ignorando os rapazes ao meu redor até que finalmente tomaram uma iniciativa. Permaneci parado, recebendo todo o dano até que finalmente a onda de golpes parou.. mas precisava de um plano de ação. Precisava ter certeza que não deixaria a maldade que estavam fazendo com os membros de meu reino continuasse. Então eu agi.

         Um sorriso triste para quem poderia ver e quem estava encarando diretamente para mim enxergou o irremediável: a própria morte. A imagem vibrante, vívida, como uma visão perfeita do acontecimento iria brilhar diante dos olhos de cada um mas com o especial daqueles encapuzados. Uma manobra para atordoar, surpreender - ganhar um segundo ou dois e no instante em que tais coisas aconteciam, a névoa se expandiu - a névoa da morte a qual eu já exalava desde que possuíra Bob. Se expandiu o suficiente para engolfá-los.. e aí começar a seu duro trabalho - a ceifa. Conscientemente, já com meu leque de alcance de poder naturalmente diminuído por esta forma, não iria drenar a vida de ninguém além dos encapuzados.. Uma morte.. serena.. Sem dor. Envelheceriam em velocidade mais do que anormal, suas forças, sua ira, sua vontade.. consumidas. Sem gritos. Sem dor. Sem agonia.

Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Vyacheslav-safronov-dude -- Vão em paz. -- Diria, fazendo com o braço direito um gesto ancestral das tribos que reforçava a mensagem. Se funcionasse, olharia para as outras crianças de Maisu. Um suspiro triste, começando a caminhar por elas, em direção a Radomir - que provavelmente agora se livrara da maldição por já não haver algum ''mago'' responsável pela canalização.

         Sentia pena dele. Sentia tristeza pelo mesmo. Olhar para sua expressão ativava meu lado empático, que me fazia querer chorar por ele.. e choraria. Que tipo de monstro conseguia ser tão cruel? Não. Isso não era coisa que se fizesse. Precisava espalhar a palavra. Precisava fazer aquilo o mais rápido possível para que não se repetisse, e deixar claro para todos que aquele não era o jeito correto de lidar com a perda. Quem encarava já não via a própria morte, pelo contrário, apenas ondas de paz.. nostalgia. A minha tristeza deixava o clima levemente mais frio.

Continuidade do jogo (A partir da Sessão 003 [24/12/2017] Vyacheslav-safronov-dude -- Minhas crianças..-- O tom de voz era pacífico e profundo. Ele precisavam escutar.. eles tinham que saber. -- Não, eu não vim aqui para espalhar minha fúria, tampouco para fazer com que pagassem de qualquer forma pelos erros de outros. -- E olhava para Radomir e depois para os corpos dos cinco que havia ligeiramente abatido no chão. -- Eu vim aqui para livrar da dor o pobre Radomir. Para dizer que ele estava bem onde estava.. e que oque aqueles mortais fizeram foi se aventurar no desconhecido.. -- e demonstrei o corpo do pobre médico. Aquela coisa cadavérica, frágil, já desprovida de Vida. -- E espalhar agonia e confusão gratuita para os outros.  A falta de responsabilidade deles custou ao Herói desta vila.. VEJAM POR SI MESMOS! Continuava demonstrando o corpo no Obelisco. A pergunta era clara: -- Ele aparentava estar feliz? Parecia estar em paz, com todos aqueles gemidos?! As lágrima voltavam a correr. Agora compreendia porque a deusa dos humanos e Maisu sempre portavam aquele ar soturno. O Dinerianos eram maus.  Estava com os braços abertos naquele momento mas os fechei. O espetáculo havia acabado. Sentei no palanque, quase derrotado e encarei os mais jovens primeiro e depois os mais velhos.

         Era como encarar a mim mesmo. Estava entendendo os Dinerianos por um lado mas querendo desistir deles. Chorar era novo para mim.. mas a sensação era muito, muito boa.  Finalizei minha presença com as palavras: -- Enalteçam a vida. Agarrem-se a ela.. Não há vergonha nenhuma nisto. Dancem, gritem, chorem, abracem, AMEM, cuidem uns dos outros. A hora de todos chega, minhas crianças.. e quando ela chegar.. não haverá volta. E aí? -- Encarei todos novamente. Ombros encolhidos, sem o ar grandioso, não. Não havia nada grandioso ali. Era o mais perto que cheguei de sentir Luto. -- Oque terão feito?
Terão na bagagem uma vida da qual se orgulham ou apenas o remoer de quem tem medo de morrer sem nada ter feito? --
Encarava, ali, no meio dos paralelepípedos do solo. As gramíneas minúsculas lutando para sobreviver ao cinza das cidades. -- Enterrem seus mortos, lhes deem funerais as quais gostariam de ter - amem o próximo. -- Me levantei, deixando claro o pedido para que enterrassem Radomir e os cinco ali. Caminhei até o ponto em que havia sido atingido pelos raios dos cinco e concluí:   -- E amem a vida. -- Enxuguei as lágrimas e esbocei o melhor sorriso que pude, me expelindo do corpo de Bob com um nova recarga de energia no corpo até que ele atomizasse e minha consciência voltasse ao meu corpo original.

         Ao fazer isto, não perderia mais tempo. Uma carga energética para Bergiak, para ter certeza que ele conseguiria se multiplicar mais. A mensagem mental: ''Seja
meus olhos, Bergiak. Mantenha-me atualizado. Estou indo para o Submundo. O trabalho ainda não acabou.''
E sem esperar mais nada iria de volta para meu reino. Lá me aguardavam espíritos que precisavam responder algumas perguntas minhas.
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